Por Si Acaso (tradução)

Original


Rafa Espino

Compositor: Não Disponível

Nada será como antes
Sem esse seu abraço no sofá
Não é uma tarde de domingo
Os dias passam mas mal os distingo
O que o vovô me diria se pensasse que eu estava desistindo?

Cada vez me custa mais sair adiante e não me importa
Que nunca notem que estou quebrado
Não te vi se afastar por causa meu coração míope
E agora só tenho você em uma foto

Às vezes eu queria morrer e não conseguia
Por mais que me deixasse vencer sempre pensei na mamãe
Ainda havia tanta coisa por vir e parou de doer
E justo ai te conheci você já sabe o final

Continuo acreditando que te amar me salvou a vida
O quanto disfrutei do céu em um voo de amor para-queda
Caímos no chão e embora a viagem termine
Nunca vai mudar que você será minha ferida favorita

E eu que me senti artesão, mas você me fez artista
Combinando com seus lábios cada beijo de revista
Você me verá contando visitas se a mãe continuar trabalhando
Porque não penso para até construir uma casa para ela

E a visita que contou foi a que não fiz à minha avózinha
O mar não viu coisa mais infinita
Vivemos na ponta dos pés enquuanto tudo murcha
De que nos serviu aquele fogo se o tempo era dinamite?

Hoje será o dia em que eu me perdoo
Às vezes me sinto sozinho, sem ver que tinha ao meu lado os melhores
Cresci vendo meu pai pintar o cinza de mil cores
E até o dia em que me faltarem, não me faltarão motivos

Anos demais para levar menos a sério
Que o destino continue fazendo seu trabalho
Eu não queria levar esse talvez para o cemitério

E vivendo a flor da pele plantei um beijo se por acaso
Porque eu sei que aprender com todos os meus erros
Vai doer, eu sei, mas não se engane
Eu não vou me acomodar e ver
Que todo o tempo se acabou
Porque não se acabou ainda

Faz muito tempo que não consigo dormir
Que a ansiedade bate e entra no meu quarto sem avisar
Faz três anos que não ponho os pés naquele escuro jardim
Onde você ficou dormindo para sempre papai

E olha que tentei me enganar para trocar de assunto
Parei de contar ovelhas para contar meus problemas de madrugada
Na minha janela já cheira a erva boa
Esperando a Lua fumando canudos com minhas tristezas

Dieguito como você está?
Escutaram por aí
Que a mamãe está orgulhosa, mais do que eu de mim mesmo
Domingo tento mudar, na segunda quero morrer
Me conheça novamente e me observe

E me diga, quem coloca a pedra no meu caminho?
Nem eu mesmo me suporto quando eu só me amaldiçoo
Qual é o sentido de roubar um banco e esvaziar seu cassino?
Se não posso pagar o puto tempo para estar contigo

E que luxo é isso, não estou falando de zeros
Se não existe pílula que tire a saudade de você
Eu me apaixono toda vez e toda vez acabo mais quebrado
Toquei o céu da sua boca mas sem levantar voo

E se eu morrer, não chore por mim, coloque dois gelos
Tenho muitas coisas para contar ao papai e ao vovô
Dormirei num canto de uma suíte com vista para o céu
E se eu quiser voar alto com uma vertigem de medo

Não posso mais assumir a responsabilidade pelas minhas más decisões
E me arrependo, de conhecer a pior das minhas versões
Coleciono alguns beijos escondidos nas gavetas
E uma lista de ótimas músicas ao som dos seus saltos

Fiquei cego na avenida do fracasso
E como vou ser o de sempre? Se me faltam mil pedaços
Tudo o que acontece comigo seria curado com um abraço
Mas fumando te espero em outra vida por se acaso

Porque eu sei que aprender com todos os meus erros
Vai doer, eu sei, mas não se engane
Eu não vou me acomodar e ver
Que todo o tempo se acabou
Porque não se acabou ainda

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